O Dia em que a Música Morreu
No dia 3 de fevereiro de 1959, um acidente de avião interrompeu a vida e a carreira dos músicos Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper.
A data ficou conhecida como “O dia em que a música morreu” depois da composição da canção de Don McLean intitulada “American Pie”.
A data ficou conhecida como “O dia em que a música morreu” depois da composição da canção de Don McLean intitulada “American Pie”.
Provavelmente vocês, meus caros, conhecem essa canção na voz daquela garota, a Madonna. A versão original é dos meados dos anos 1970’s e não trata exclusivamente do ocorrido naquele 3 de fevereiro, mas em um de seus trechos sedimentou a expressão com que esta data ficaria conhecida.
É uma canção melancólica e saudosista, não muito diferente desta coluna.
Elvis estava servindo o exército, Jerry Lee Lewis afastado da música devido a um escândalo sexual e Little Richard decidido a largar o profano e se converter ao sagrado. Cenário ideal para o surgimento de novos nomes e ídolos musicais na época.
Os três jovens tiveram uma carreira curta, mas influenciaram o modo como hoje se faz Rock’n Roll.
Não é atoa que o acidente ainda é lembrado por várias pessoas e centenas de fãs visitam o local para deixar flores e prestar homenagens.
Não é atoa que o acidente ainda é lembrado por várias pessoas e centenas de fãs visitam o local para deixar flores e prestar homenagens.
American Pie na Versão de Madonna
O Acidente
Os três artistas se encontraram para uma turnê por várias cidades do centro-oeste dos Estados Unidos, denominada “Winter Dance Party”.
A proposta inicial era realizar todos os trajetos com um ônibus próprio.O ônibus, no entanto, estava com o sistema de aquecimento quebrado.
Logo, alguns músicos tiveram sérios problemas de saúde em decorrência do frio que se fazia naquela época do ano.
Como a logística da turnê não estava de acordo com as necessidades básicas dos artistas (tais como aquecimento, roupas limpas e tempo para descanso), Buddy Holly teve a ideia de fretar um pequeno avião para levá-lo junto a alguns membros de sua banda até a cidade vizinha, tendo tempo para descanso e roupas limpas.
A partir de então o que ocorreu foi uma série de acontecimentos lazarentos que iriam mudar para sempre a história da música.
Sabe-se que Big Bopper apenas entrou naquele avião porque estava gripado e que o lugar de Ritchie Valens era inicialmente do guitarrista da banda de Holly.
Os dois apostaram no “cara ou coroa” para ver quem ficaria com o assento e o afortunado foi Ritchie.
Pouco antes da decolagem, Buddy Holly disse brincando a Waylon Jennings (guitarrista): “Espero que seu ônibus velho congele”.
Jennings prontamente respondeu: E eu espero que o seu velho avião caia”.
Pouco tempo depois da decolagem o avião caiu numa plantação a 8 km. Ainda é controverso se houve falha humana ou se a tempestade de neve, por si só, propiciou a queda. O que se sabe é que os três e o piloto morreram instantaneamente.
Indaga-se se vivos os jovens ainda fariam tanto sucesso ou se cairiam no esquecimento. É certo que esse acidente mudou os rumos da música. Bob Dylan viu Buddy Holly tocar apenas 2 dias antes de sua morte e nunca mais o esqueceu.
Foi a primeira vez que os americanos sofreram a perda de artistas em um desastre como esse.
O choque, no entanto, não se deu apenas pela forma trágica com que os ídolos tiveram suas carreiras interrompidas.
Eles representavam as aspirações da juventude da época, o ultimo rastro de inocência no Rock’n Roll.
É certo que o Rock morreu um pouquinho naquele dia, mas reviveu logo depois com mais força.
Holly, Bopper e Ritchie ainda vivem em cada acorde distorcido que uma guitarra emite hoje em dia.
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